quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Poliglota dá 10 ótimas dicas sobre como aprender idiomas

idiomas
Nos últimos anos o domínio de outro idioma, principalmente o inglês, tem sido pré-requisito em muitas vagas de emprego. Dependendo da área, todos os cargos só podem ser ocupados por quem tem fluência em outra língua. Aqui no Blog da AIEC, nós já falamos dessa questão em diversos momentos. Então, para quem pretende crescer na carreira, separamos essas dicas divulgadas pelo site Babbel por John-Erik Jordan. Elas foram baseadas em dicas dadas pelo poliglota Matthew Youlden (vídeo) que fala nove idiomas fluentemente e entende, pelo menos, mais de doze.

1. Tenha uma razão para aprender

Pode parecer um pouco óbvio, mas é importante ter uma razão para aprender, assim essa razão será sua motivação. Não importa qual o motivo de você querer aprender um certo idioma, desde que decida realmente dedicar-se ao aprendizado constantemente.

2. “Mergulhe de cabeça”

Matthew aconselha o que ele chama de “abordagem máxima de 360º: não importa quais ferramentas você usar, é fundamental praticar seu novo idioma todos os dias”. Partindo dessa ideia, ele conta quais são seus métodos de aprendizado:
- absorva o máximo possível no início e todos os dias
- pense, escreva e fale consigo mesmo no idioma
- escreva e-mails, fale sozinho, ouça músicas e rádio no idioma
- mergulhe na cultura do idioma
E aconselha: “a melhor forma de falar um idioma é fazer com que as pessoas falem com você. Ser capaz de ter uma simples conversa com alguém é uma enorme recompensa para si mesmo”.

3. Busque um parceiro

Ter alguém com o mesmo objetivo faz com que ambos se incentivem. Matthew sempre aprendeu os idiomas junto com seu irmão gêmeo. Os dois se dedicavam ao aprendizado e testavam um ao outro constantemente. Até com certa “rivalidade de irmãos” eles acabavam se aperfeiçoando um pouco mais para impressionar o outro.

4. Concentre-se no que é importante

Se conversação é o seu objetivo, dedique-se a ela e não use todo o seu tempo com livros didáticos. Procure pessoas para conversar no idioma. Vá, por exemplo, ao restaurante francês próximo a sua casa e faça o pedido na língua, assim você poderá praticar.

5. Procure se divertir

Invente brincadeiras para aprender, componha uma música, escreva poemas, assista shows de artistas, faça qualquer coisa divertida que te ajude a aprender com mais criatividade e tranquilidade.
 idiomas-site

6. Seja como criança

Não precisa agir totalmente como criança, mas cultive o que mais facilita o aprendizado delas: a espontaneidade. Tente, mesmo que erre, quebre tabus dentro de você, admita que está aprendendo e que pode errar. Seja livre.

7. Saia da sua zona de conforto

É necessário estar preparado para se colocar em situações embaraçosas. Não tenha medo de falar com estrangeiros, perguntando o caminho, pedindo comida em restaurantes, contando piadas. O importante é começar a tentar e com o tempo diminuir os erros. Matthew aponta a importância de tentar realmente entender as palavras, assim como um nativo que tem “a capacidade de fazer do idioma o seu próprio idioma”.

8. Mantenha os ouvidos atentos

Os sons são diferentes em diversos idiomas e alguns podem ser muito complicados para quem não está acostumado. A dica então é ouvir muito, prestando atenção em cada palavra. Com o tempo os sons se tornarão familiares e assim será mais fácil pronunciá-los corretamente.

9. Mantenha os olhos atentos também

Observe o movimento dos lábios, língua e garganta de quem fala o idioma. Segundo ele, a pronúncia é mais um processo físico do que mental. Se você não pode observar um falante nativo pessoalmente, assistir filmes estrangeiros ou televisão pode ser um bom método.

10. Fale sozinho

Se você não tem ninguém para conversar, fale sozinho. Não há problema nenhum nisso. “Isso pode parecer muito estranho mas, na verdade, falar sozinho no idioma é uma forma excelente de praticá-lo se você não pode utilizá-lo o tempo todo”, afirma.

10 idiomas para aprender além do inglês

10 idiomas para aprender além do inglês

Estudar inglês pode até ser útil para você, mas já pensou nas vantagens de aprender outro idioma? Impressione seus amigos e melhore seu currículo!
Nos Estados Unidos, são chamados de “Critical Languages” por se tratarem de idiomas com pouca oferta educativa mas muito procurados no meio profissional. Mas não é só nos EUA que você pode tirar vantagem: com a economia brasileira em crescimento, você certamente já se apercebeu que uma série de investidores da China e do Japão estão chegando e precisando de apoio linguístico.
É claro que isso é um desafio. A estrutura gramatical e a escrita desses idiomas é geralmente muito diferente do português e vai levar tempo e esforço até você alcançar a pronúncia e a fonética ideais.
Mas a vida seria um tédio se tudo fosse fácil.
Pense no sucesso que você vai fazer entre os seus amigos e da sua família com os seus conhecimentos, nas portas de oportunidades que vão se abrir para você – dentro e fora do Brasil – e na facilidade com que vai enfrentar cada barreira linguística. Aprender um idioma diferente do seu já é um ponto a seu favor, imagine sabendo sueco ou árabe!
Que tal fugir do óbvio e se arriscar?
Confira outros motivos para estudar cada uma dessas línguas. Isso são apenas sugestões, porque existem mais 7 095 idiomas para aprender por esse mundo afora.
E não se esqueça: a melhor forma de aprender é em comunidade. Prepare sua mochila e faça um intercâmbio para estudar na origem (ou perto)!

take risks

1. Russo: são mais de 150 milhões as pessoas que falam russo em todo o mundo, principalmente na Europa de Leste e na Ásia Central, sendo idioma oficial na Rússia e co-oficial em outros países próximos. É uma língua eslava, escrita em alfabeto cirílico. Para além de ser um dos 6 idiomas oficiais da ONU, é o 8º mais falado em todo o mundo.

 2. Chinês: é o idioma mais falado em todo o mundo - com mais de um bilião de falantes, entre nativos e não nativos – e é também aquele que inclui mais dialetos. O mais famoso é o mandarim, estabelecido como língua oficial da China. Pensando também nesse país como uma grande economia mundial, as oportunidades para sua carreira são milhares e nas mais variadas áreas. Não tem alfabeto, por isso se concentre para entender a expressão que corresponde a cada idiograma!

 3. Árabe: geralmente, os estudantes começam aprendendo o árabe-padrão moderno, e só depois se especializam em um dialeto particular (são mais de 30!), como o egípcio ou o libanês.  É o 5º idioma mais falado no mundo e um dos mais solicitados pelos serviços de segurança e transporte aéreo, consulados e organizações não-governamentais. O árabe arcaico é ainda hoje usado em cerimônias religiosas, principalmente nos países do Golfo Pérsico.

4. Japonês: há quem diga que pode levar mais de 2 anos até você conseguir ler um jornal em japonês, mas aprender esse idioma pode significar um emprego garantido em traduções, turismo, engenharia ou relações internacionais. Ele é influenciado pelo chinês, e por isso você vai ter que aprender alguns carateres chineses para entender o sistema de símbolos japonês. Actualmente, o japonês é falado por mais de 100 milhões de pessoas em muitos países e não apenas no Japão.

5. Sueco: idioma oficial da suécia mas também falado na dinamarca e na finlândia, tem origem germânica e daí a sua aproximação maior com o inglês e o alemão – se você sabe falar algum desses idiomas fica mais fácil para você! Para além disso, a suécia tem boa reputação em saúde, tecnologia e música, o que cativa muitos estudantes dessas áreas para a aprendizagem do idioma. Por todo o mundo, mais de 8 milhões de pessoas falam sueco atualmente.

6. Hindi: tem mais de 260 milhões de falantes espalhados principalmente pelo sul da Ásia – sendo língua nativa no norte da Índia -, África, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.  O Hindi é o quarto idioma mais falado no mundo, logo depois do inglês, espanhol e chinês, e deriva do histórico sânscrito, hoje ainda com uso litúrgico no hinduísmo, budismo e jainismo. Se já sabe que a Índia é também uma economia em crescimento, principalmente na indústria das telecomunicações e tecnologia, então já tem motivo para aprender!

7. Bengali: original do Bangladesh, esse também é um dos outros idiomas oficiais da Índia e falado por quase 200 mil pessoas em todo o mundo. É o sétimo idioma mais difundido em todo o mundo, logo depois do português, que está em sexto lugar. Como é uma língua indo-ariana, está mais próxima do inglês do que outros idiomas orientais, embora também tenha uma escrita de símbolos. Se você sonha trabalhar no sul da Ásia em ONGs ou em negócios, aprender bengali será, sem dúvida, útil para você.

8. Coreano: é um idioma único, distinto até dos outros idiomas orientais, utilizando um alfabeto em blocos chamado Hangul. É falado por mais de 66 milhões de pessoas – originalmente na Coreia do Sul e comummente em algumas regiões da China e do Este da Rússia. Para além de ser uma forma de compreender o universo coreano, pode também tirar partido das oportunidades de trabalho oferecidos pelos governos com relações com a Coreia do Sul (nos Estados Unidos, por exemplo).

9. Persa: também conhecido como Farsi, o persa é falado no Irã, no Afeganistão, no Tajikistão, no Catar e no Uzbekistão. Esse idioma, de alfabeto árabe, tem cerca de 23 milhões de falantes em todo o mundo. Se quer trabalhar em áreas como diplomacia, serviços de segurança ou militares, jornalismo ou política, estudar persa é uma boa opção, especialmente para países que precisem gerir suas relações com o médio-oriente.

10. Turco: não é apenas na Turquia que esse idioma é falado – Bulgária, Chipre, Irã e Grécia são apenas alguns dos países que contribuem para que, em todo o mundo, mais de 50 milhões de pessoas falem esse idioma. Começou por usar alfabeto árabe, mas desde os anos 20 que o turco passou a se basear no latim, o que é uma boa notícia para quem tem o português como língua nativa.

Fonte: Ethnologue, www.ethnologue.com

Como aprender idiomas: cursos e metodologias online

Como aprender idiomas

Como aprender idiomas: cursos e metodologias online

¿Qué a ti te parece aprender inglés online? Pois é, aprender novos idiomas não tem mais todo aquele problema logístico de encontrar uma boa escola com horários compatíveis aos seus, por conta da grande oferta de cursos online para estrangeiros. Há cursos para hablantes de español que procuram por clases de inglés (há inclusive versões de clases de inglés grátis), grupos de speakers que querem aprender russo e alemães que mandam bem em português.Sehr gut!
São cursos para principiantes, intermediários, avançados e aulas de conversação para fluentes que não querem perder o ritmo. Cómo aprender inglés se tornou uma oportunidade bastante democrática para quem tem uma agenda comprometida ou não tem recursos para bancar um curso presencial.
Como aprender idiomas estrangeiros?
Com a qualidade equivalente, avaliações e com a emissão de certificados, os cursos online se mostram uma excelente opção, exigindo do aluno uma disciplina mais rigorosa, exatamente pela flexibilidade do aprendizado. Selecionamos os principais cursos pagos e grátis para dezenas de idiomas, confira:
Dica de poliglota: como aprender idiomas estrangeiros?

Inglês

Tú Aprendes Ahora
Você Aprende Agora
Learn English Online

Vários idiomas

Italki
Livemocha
Babbel
Busuu
BBC Languages
Duolingo
Open Learn

Alemão

Deutsch Welle: alemão

Italiano

Italiano na Web

Japonês

Otaku Project

Como aprender idiomas utilizando mapas mentais

Como aprender idiomas utilizando mapas mentais

Você precisa aprender inglês ou outro idioma e já tentou diversas maneiras mas nunca conseguiu dar sequência?
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Um dos grandes desafios atualmente é o aprendizado de novos idiomas. O mundo está globalizado, saber um, dois ou até mais idiomas se tornou algo essencial em diversas profissões.
Com isso, utilizar técnicas e métodos realmente eficientes, que possam te auxiliar neste processo de aprendizado é essencial.
E como utilizar mapas mentais para aprender um novo idioma?
Antes de tudo, é importante entender que o mapa mental não é nenhuma panaceia, ele é sim, uma das ferramentas que podem te auxiliar, e muito, no seu processo de aprendizado.
O objetivo deste artigo não é oferecer mapas mentais prontos para o aprendizado de um novo idioma, já que, pode ser aplicado para qualquer idioma.
Meu objetivo é algo maior, mostrar a estrutura e o conceito chave para você mesmo poder aplicare criar seus mapas mentais!
Como funciona?
Mapa mental trabalha na mesma “sintonia” de nosso cérebro, por isso o aprendizado por ele se torna eficiente. E só é possível, pois são utilizadas palavras-chave, imagens-chave e principalmente as ramificações, algo muito semelhante as nossas conexões neurais. Por isso que funciona!
Baixe nosso e-book gratuito e entenda como os mapas mentais funcionam.
Os mapas mentais falam a mesma “língua” de nosso cérebro!
Em meus cursos e palestras, sempre ressalto que mapa mental é uma ferramenta e um método, ele não é, e nem pretende ser, uma receita!
O que quero dizer com isso? Que não queira seguir a risca o formato dos mapas mentais apresentados, e sim, o conceito apresentado! Capte a ideia e crie seus mapas da melhor forma que você julgar.
Siga as regras básicas para maior eficácia da ferramenta, mas molde para sua realidade, faça no formato que você achar melhor. Isso é muito importante!
Confira algumas dicas de como aprender um novo idioma utilizando mapas mentais:

1. Crie vários mapas mentais

Não se limite em ter somente um mapa mental, fracione em diversos mapas mentais. Um mapa mental específico sobre inglês utilizado em reuniões e no ambiente de trabalho. Outro mapa mental, para regras gramaticais, outro ainda, para lazer, etc. Não fique preso na quantidade de mapas mentais, dividir em assuntos pode lhe ajudar muito.

2. Faça do seu jeito

Como já disse anteriormente, não fique preso em algo que você viu em um curso ou pesquisou na internet. Faça da forma que você sentir que irá te ajudar a aprender melhor. Lembre-se, os mapas mentais são seus!

3. Importância das palavras-chave e imagens-chave

Se você já utiliza mapas mentais, sabe da importância das palavras e imagens-chave, caso ainda não utiliza, baixe grátis nosso e-book onde explico em mais detalhes as regras básicas e essenciais para criação de mapas mentais eficazes.
Escolher bem as palavras-chave, imagens-chave e as ramificações é o que garante você criar um mapa mental que realmente irá ajudar você no aprendizado deste novo idioma.
O que sempre recomendo aos meus alunos, é que crie o mapa mental no momento que está estudando, pois ele irá potencializar seu raciocínio.
Ai está um grande segredo dos mapas mentais: No momento que você está estudando e precisa pensar em qual palavra-chave irá utilizar, qual ramificação nova irá criar em seu mapa mental, você está estimulando seu cérebro a raciocinar com os dois hemisférios cerebrais, o esquerdo (lógico) e o direito ( criativo).
Sempre que utilizamos a “capacidade máxima” de nosso cérebro, que é o que ocorre quando desenvolvemos mapas mentais, são criadas novas sinapses, ou seja, conexões neurais, e quando o novo acontece, é neste momento que conseguimos armazenar mais informações e conhecimento de forma sólida e com qualidade.

4. Mapa mental sozinho não resolve

Sim, sinto informar, mas mapa mental sozinho não faz milagre. Lembra-se o que comentei no início? Mapa mental é uma ferramenta, um método, ele deve ser utilizado em conjunto com outras áreas.
No caso específico de aprender um novo idioma, você precisa ter fontes confiáveis de aprendizado, seja em um curso presencial, um curso on-line, ou mesmo em algum site na internet.
Seu mapa mental pode estar perfeito, mas imagina se você anotou uma a concordância de uma palavra errada?
Então, utilize o mapa mental como um suporte de aprendizado, e colha as informações em fontes confiáveis.

5. Dicas práticas

Algumas divisões básicas podem ser utilizadas, independente do idioma que deseja aprender, seja inglês, japonês, alemão ou qualquer outro.
Na hora de aprender um novo idioma, podemos criar mapas mentais de:
  • Palavras de uso mais comum;
  • Frases para viagem;
  • Frases para vida social;
  • Regras gramaticais;
  • Entre muitos outros.
O grande diferencial dos mapas mentais é justamente esse, ele pode ser aplicado praticamente em qualquer lugar que você sentir necessidade em armazenar informações, e o melhor, com qualidade!
Aplique os mapas mentais no aprendizado de um novo idioma, você irá se surpreender como potencializa seus estudos e resultados.

Quer aprende TUDO sobre mapas mentais?

Confira no site um curso 100% online! Nele você irá aprender tudo sobre mapas mentais e como aplicar esta ferramenta poderosa em seu dia a dia no trabalho e nos estudos.
Para mais informações, acesse: www.mapamental.org/curso

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Brasileiro que domina 11 idiomas dá dicas para aprender outras línguas

Brasileiro que domina 11 idiomas dá dicas para aprender outras línguas. 
Rafael Lanzetti fala sueco, hebraico, alemão, grego e romeno, entre outros.  'Não existe segredo, é treino, repetição, disciplina e dedicação', ensina.
Rafael Lanzetti aprendeu inglês aos oito anos de idade (Foto: Arquivo pessoal)
Rafael Lanzetti aprendeu inglês aos oito anos de idade (Foto: Arquivo pessoal)

Um professor brasileiro radicado na Alemanha tem a mesma habilidade do estudante britânico Alex Rawlings, de 20 anos, que virou notícia no G1: o domínio de 11 idiomas. Rafael Lanzetti, de 32 anos, impressiona ao falar 11 línguas: além do português, ele fala inglês, alemão, holandês, francês, italiano, espanhol, sueco, grego, hebraico e romeno.
“O interesse por línguas vem de minha curiosidade em conhecer outras culturas, mas principalmente da oportunidade que tive, na faculdade, de aprender gratuitamente. Tenho a sorte de estar num ambiente multicultural e posso praticar todas as línguas que estudo”, explica Lanzetti, que trabalha na Alemanha como professor e tradutor e garante aproveitar a proximidade com tantos países para pôr em prática tudo o que aprende.
Além do português, claro, língua nativa, Lanzetti explica que começou a estudar inglês por influência da família, aos oito anos, “uma sábia decisão que todos os pais que possuem condições econômicas devem tomar”. Mas foi só aos 18 anos que o horizonte realmente se abriu.
Na Faculdade de Letras ele começou a estudar alemão, espanhol e italiano, línguas as quais define como “importantes do ponto de vista socioeconômico”. Logo depois veio o holandês, pela proximidade com o alemão. O romeno veio a reboque das línguas latinas, que foram complementadas com o francês, “embora não gostasse da língua tanto quanto as outras, mas reconhecia sua importância cultural”.
 Ainda na faculdade Lanzetti aprendeu grego e, com um amigo israelense, mergulhou no hebraico. Por fim, para completar o grupo das línguas germânicas, Lanzetti enveredou pelo sueco. E, para ele, não tem tempo ruim. “Não há línguas mais difíceis que outras, como costumamos pensar, todas se equivalem em dificuldade”, explica.
VEJA DICAS DO POLIGLOTA PARA QUEM QUER APRENDER UM OUTRO IDIOMA
Tenha disciplina
15 minutos por dia, todos os dias, são mais que suficientes. Pense bem: se você faz duas horas de curso por semana (lembrando que a hora-aula dura 50 minutos), você estuda 100 minutos, contra 105, do método diário.
Tenha motivaçãoDescubra línguas e culturas que sejam interessantes. Seja por um plano de viagem, por músicas, cinema, literatura, afinidade ou mesmo amor, ter um objetivo ao aprender uma língua facilita muito o processo.
Comece cedoEstudos já provaram ser possível ensinar até cinco línguas pra crianças até os 7 anos de idade. Treine com seus filhos, pratique, não tenha vergonha! Seu filho, no futuro, irá agradecer.
Não existe língua difícil
Existem línguas mais distantes. Estima-se que um brasileiro de classe C saiba por volta de 200 palavras em inglês, mesmo sem ter frequentado aulas, graças à exposição diária ao idioma. Tudo depende da sua dedicação.
Escreva, fale e ouçaAo aprender um idioma novo, você trabalha quatro habilidades – duas ativas (falar e escrever) e duas passivas (entender e ler). Equilibre seus estudos entre cada uma das habilidades.
Seja persistenteEm algumas línguas, você fala mais rápido que outras, devido a peculiaridades ou semelhanças com o português. Não se desespere, uma hora o idioma vai fluir.
Não tenha medo de errar
Imagine que, mesmo em nossa língua materna, cometemos pequenas “barbaridades” todos os dias. Como imaginar que, em um novo idioma, você terá que ser perfeito?
Fonte: Rafael Lanzetti, professor e tradutor
Treino e dedicaçãoMas, de onde vem tamanha facilidade e interesse para aprender tantos idiomas assim, enquanto milhões de brasileiros sofrem para se virar no inglês ou no espanhol? “Não há segredo no aprendizado de línguas, há apenas treino, repetição, disciplina e dedicação. Embora seja um conhecimento que tenha status diferenciado na sociedade, conseguir utilizar uma língua estrangeira é apenas uma das dezenas de milhares de coisas que o cérebro humano consegue fazer”.
E a pergunta que todos devem fazer é: qual a melhor forma de aprender outro idioma? Lanzetti explica que notou que seus ciclos de concentração duram 15 minutos. Assim, ele divide os estudos em “unidades” de 15 minutos. “Leio um texto em francês durante 15 minutos, faço uma pausa, escrevo qualquer coisa em grego durante mais 15 minutos, faço outra pausa, falo (comigo mesmo) em sueco por 15 minutos, e assim por diante. Se consigo dedicar 15 minutos a cada habilidade de cada língua uma vez por semana, já fico satisfeito”.
Para o professor, muita gente sofre para aprender uma língua devido a dois fatores principais: a falta de motivação e a escolha do método incorreto. Aprender um idioma “porque meu chefe mandou”, “porque vou perder o emprego” ou “porque nunca vou arrumar um” é a melhor maneira de tornar essa aquisição de conhecimento uma tarefa árdua e sofrida, explica. Para ele, é preciso aprender por vontade própria, gosto ou curiosidade. “Outra boa motivação, inegavelmente, é arrumar um amor estrangeiro”, brinca.
De forma a facilitar a tarefa, Lanzetti aconselha que os pais já falem com o bebê em outra língua, pois, quanto mais cedo a criança tiver contato com outro idioma, melhor. E o aprendizado também não tem hora para acabar. Até os 150 anos, segundo o professor, ainda há tempo. “Ser adulto não é desculpa para não aprender uma língua estrangeira!”.
Diferencial é a terceira línguaAinda no campo da motivação, Lanzetti garante que um currículo recheado de idiomas impressiona qualquer departamento de RH. “Aos poucos, os empregadores vão entendendo que dominar uma língua estrangeira significa também que o candidato possui cultura geral e interesses diferenciados”. E, se você ainda acha que o inglês ainda é um diferencial, o professor alerta: trata-se de uma obrigação. Da terceira língua em diante sim, tudo será tratado como diferencial.
E quem imagina que o carioca vá parar nas 11 línguas se engana. Lanzetti tem planos mais ousados. Além de lançar um e-book interativo sobre o alfabeto fonético internacional, para tablets, ele quer aumentar o leque de idiomas. “Pretendo começar a estudar uma língua asiática (como o tailandês) e uma língua africana (como o suaíli), aumentando assim meu leque de conhecimentos em diferentes troncos linguísticos”. Depois de aprender grego, hebraico, romeno e ser professor de português, alguém duvida de que isso seja possível?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Porque a idade não é uma barreira para aprender idiomas

Porque a idade não é uma barreira para aprender idiomas

Nós sabemos que treinar o cérebro pode mudá-lo, mesmo com apenas algumas sessões. Tradução: cérebros mais velhos também podem mudar.

ESCRITO POR JAMES LANE

“Para mim, velho é sempre quem tem uns 15 anos a mais do que eu”. - Bernard Baruch, consultor financeiro americano e filantropo.
Meu caro leitor, você está na flor da idade? Você tem 20 anos, está em forma e cheio de energia para começar algo? A sua vida se estende toda a sua frente, praticamente como um tapete vermelho?
Que bom para você. E búuu. Acabou, já era. Vá atrás de outra coisa para ler. Sim, isso é melhor. Agora, para quem vai continuar lendo esse texto, podemos conversar sobre algo um tanto quanto delicado: se é ou não possível aprender uma língua quando você fica mais velho. É possível manter todo aquele vocabulário na cabeça? Aprender novas estruturas gramaticais? É muito tarde para (re)começar?
Bom, aqui vão as boas notícias: a jovem lebre pode ser mais rápida no percurso da distância linguística, mas você, minha tartaruga, tem algumas vantagens nessa corrida. O seu cérebro é capaz de coisas que você nem imagina, e pode se desenvolver extraordinariamente, até mesmo em uma idade avançada. Então coloque as pantufas, faça um chá (ou algo mais forte) e leia mais.

O seu cérebro é plástico

Décadas atrás, cientistas tinham um conceito muito mais rígido sobre o cérebro. Eles acreditavam que o jeito que ele se desenvolvia quando você era criança determinaria mais ou menos como a estrutura do seu cérebro seria para o resto de sua vida.
Mas agora nós sabemos que isso não é verdade. Um estudo divisor de águas em 2000 (Macguire et al) analisou a matéria cinzenta de motoristas de táxi. Não estamos falando da fumaça que sai dos taxis, mas sim do conteúdo do cérebro. Os motoristas tinham mais matéria cinzenta no hipocampo, uma parte do cérebro que tem a forma de um cavalo marinho e que lida com a memória espacial, já que eles passaram muito tempo dirigindo. Essa foi uma real evidência da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de mudar e formar novas conexões neurais.
Isso levou a uma explosão de pesquisas na área de neuroplasticidade. Nós sabemos agora que treinar o cérebro pode mudá-lo, mesmo com apenas algumas sessões. E, quanto mais longo o treino, mais forte o efeito. Então em 2010, um grupo de cientistas suecos fez um experimento com um grupo de jovens adultos (entre 21-30 anos) e idosos (entre 65-80 anos) por seis meses e “não detectou nenhuma diferença relevante relacionada à idade em relação a plasticidade da microestrutura da matéria branca”. Traduzindo: cérebros mais velhos podem mudar também.

Neuroplasticidade e o aprendizado de idiomas

Então, o que acontece com o cérebro de um adulto quando ele aprende línguas? Um grupo de estudantes chineses adultos foi testado durante 9 meses em 2012, período no qual eles demonstraram “melhora na integridade da matéria branca”. A matéria branca é o que conecta células neurais, portanto, quanto melhor conectadas, melhor a capacidade de completar uma tarefa cognitiva.
Uma descoberta ainda mais notável foi com o grupo de intérpretes militares, que de fato desenvolveram um maior hipocampo depois de três meses intensivos de aprendizado de línguas.
Quer saber mais? Vamos lá! Aprender línguas constrói a sua “reserva cognitiva”, que faz com que você seja mais resistente a danos cerebrais. Se você é bilíngue, parabéns! Você provavelmente atrasou o começo da demência em muitos anos. Pegue outra bebida, por que não?

Malditos velhinhos trapaceiros

Se você está chateado por não ser tão rápido como costumava ser, ou se sua memória deixou você na mão, ainda há esperança. Você tem uma vantagem que nenhum adolescente tem.
Você aprendeu a aprender. Você sabe quais estratégias funcionam, e com o que não perder tempo. O seu cérebro pode não ser tão rápido como o cérebro de alguém que tem metade da sua idade, mas você tem melhores habilidades metacognitivas. Outro nome para isso é aprendizado autodirecionado.
Há alguns anos, cientistas tentaram comprovar isto. Eles pegaram grupos de pessoas mais velhas e mais jovens e mostraram a eles palavras com valores atribuídos, variando do mais alto para o mais baixo. E então eles deixaram todos reverem as palavras como quisessem. Eles notaram que os mais velhos passaram mais tempo nas palavras mais valiosas, mas suas memórias eram tão boas quanto as dos jovens. Em uma interessante revelação de porque não se pode confiar sempre em pessoas mais velhas, os cientistas descobriram que eles revisaram escondidos as palavras com maior valor um pouco antes do teste. Portanto não existe nenhuma razão para você não aprender uma língua após certa idade.
Agora você tem que pensar em outra desculpa.
Você aprende uma outra língua para ficar com a cabeça ativa? Divida suas experiências nos comentários!
traduzido por Sarah Luisa Santos