Como assim você não conhece Jaguaruana?
Antiga vila criada ainda no século XVIII como ponto de passagem das boiadas que viajavam pela Estrada Geral do Jaguaribe, a pequenina Jaguaruana, distante 188 quilômetro da metrópole Fortaleza, é um pedacinho deleitoso no meio do sertão.
Aquela que já foi conhecida como “terra da rede de dormir” e que hoje rende-se à produção de camarão de água doce tem coisas, lugares e personagens interessantes que só indo lá para conhecer e/ou ouvir falar.
1. A rede de dormir
Por mais que a produção tenha decaído a partir da primeira metade dos anos de 1990, a rede ainda é um destaque na economia da cidade. Afinal, quem não gosta de se espichar numa rede colorida e bem avarandada, à tardinha, num alpendre qualquer, não carrega certos marcadores genéticos do DNA cearense. E é em Jaguaruana que encontramos as melhores, no gosto do freguês.2. O tira-gosto típico
Sem dúvida, a cidade está no mapa do Estado por conta da ampla produção do camarão, tipo exportação, feita em quase toda zona rural do município. No entanto, prato bom mesmo é a tripa torrada com baião, servida no balneário do Rio Serafim.3. O rio
Mesmo sendo conhecido o espaço de lazer do Rio Serafim, braço do Rio Jaguaribe, o banho que merece destaque tomávamos no rio da Barra. Lá, antigamente, o mergulho era mais profundo.4. Os apelidos
Tudo bem. Eu sei que o leitor vai dizer que todo lugar se autodenomina terra dos apelidos, é bem verdade. Mas a originalidade dos apelidos do povo daqui é quase inigualável. O que dizer então do Piroca, mecânico e vendedor de algodão doce e do dono de bar, Joãozito, conhecido carinhosamente como “Rabo”?5. Personagem curioso
Compartilhado com Aracati, Itaiçaba e Palhano, não tem ninguém com mais de 25 que não tenha ouvido falar do Sardanha, eremita e andarilho, comedor de cobras. Sobrevivente.6. Personagens históricos
Jaguaruana é pequenina, sem dúvida, mas não deixou de dar ao país figuras ilustres e de destaque nas letras – literatura e jornalismo, política e religião tais como Emília de Freitas, Fenelon de Almeida, Ivonete Maia, Pe. Ducéu. É difícil escolher apenas um.7. Dindim da Bahia
Para mim, que fui aluno da escola Manuel Sátiro, não tinha coisa melhor que chegar no fervente turno da tarde e comprar um dindim holandês ou de batata na Bahia. Ali, parte do calor ficava e ter aula de matemática com o Seu Océlio se tornava um desafio menor.8. Festas de Julho
Sexta, tinha um forró no Jatec. Sábado vinha uma grande atração para o JVC. Domingo tinha a Grafite no Clube do Padim. E o nosso sonho de consumo era não precisar escolher apenas uma das festas para ir. Bom mesmo era ir para as três e vestindo uma roupa nova em todas.9. Espaço livre
Nos tempos dos showmícios, nada como curtir um pós-discurso com a banda do Paulo do Azul tocando em cima de duas F-4000 com as traseiras encostadas.10. Erialdo cantando frevo com a Super Banda Meteoro
Hoje o carnaval da cidade traz diversas atrações nacionais do presente e do passado. Mas só quem viu o Erialdo cantando Frevo com a Meteoro sabe como era animado o carnaval da terra da rede.
Fonte: http://www.somosvos.com.br/sou-do-ceara-10-coisas-que-so-quem-e-de-jaguaruana-vai-entender/
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